quarta-feira, 20 de julho de 2011

Falso médico injeta veneno em paciente no Hospital de Emergência

Um homicídio inédito foi praticado nas independências do Hospital de Emergência, durante a madrugada de sábado (16). Por volta de 2h da madrugada, um homem entrou naquela casa de saúde, trajando jaleco e mascara de proteção, seguindo direto para o leito onde estava sob cuidados médicos, José Bruno da Silva Chucre, 22 anos, conhecido por “Batatinha”.
A vitima estava internado no H.E após ser atingido por dois tiros, na noite da última segunda-feira (12), no bairro Jardim Marco Zero. Ele era ex detento do IAPEN e tinha ganhado a liberdade em março deste ano.
No momento da ação criminosa no H.E, o homem apenas se identificou como médico, usando o álibi que José precisaria de uma medicação. Segundo informações, no momento da aplicação, a mulher da vitima teria indagado os motivos da injeção, já que a equipe médica teria suspendido qualquer medicação. Após ouvir a acompanhante, o assassino disse apenas que o paciente precisava do remédio..
Após a ação, direto na veia de “Batatinha”, o falso médico saiu rapidamente do local sem nenhuma abordagem , já que aquela casa de saúde é totalmente omissa de segurança.
Meia hora depois, o estado clinico do paciente apresentou sinais críticos, marcados por convulsões e paradas cardíacas. Após algumas tentativas para reanimá-lo, a equipe médica anunciou a morte de José Chucre por volta de 3h da manhã.
A equipe de plantão ficou sabendo da aplicação através das informações da acompanhante, no qual chegaram a conclusão que havia entrado alguém de fora para matar a vitima. Foi realizado um rápido levantamento nas ultimas medicações, e constataram a presença de uma sustância errada no sangue.
Uma equipe da POLITEC esta analisando a substância no sangue da vitima.

Sindicância
Ainda pela manhã do sábado, a Secretaria Estadual da Saúde (SESA), abriu uma sindicância interna com propósito de identificar se houve participação de funcionários.
Para a Policia Civil, através do delegado Paulo Rener, o crime foi muito bem planejado, reforçando que o acusado possui habilidades médicas. Após ouvir algumas vitimas, um retrato falado será divulgado na segunda-feira (18).

Falta de segurança
Durante a ação criminosa, apenas um agente de portaria e um policial militar estavam presentes no local. Reforçando a fragilidade do H.E, o circuito interno de segurança não funciona há seis meses.
Execução
José Bruno da Silva Chucre foi alvejado com dois tiros acima do peito, na noite de segunda-feira. Um veículo Siena vermelho foi visto próximo ao local por testemunhas, e duas horas antes, o mesmo veículo foi identificado no bairro Jardim Felicidade, durante o momento da morte de Célio Gomes de Oliveira, vulgo “Louro”, que foi atingido por nove tiros.
Nos locais dos tiros foram encontradas cápsulas de pistola ponto 40, armas utilizadas pelas policias civil e militar.
As mortes apontam para um possível acerto de contas, já que as vitimas tem passagem pelo IAPEN e estavam a poucos dias em liberdade.
A Policia Civil encontra dificuldades para produzir o retrato falado do acusado pelo simples fato que o mesmo usava uma mascara cirúrgica no momento do homicídio.

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