quinta-feira, 17 de junho de 2010

PM rebate denuncias de falta de combustíveis e contingentes


A Policia Militar tem sido alvo de fortes criticas pela população amapaense, principalmente quando se trata de presença policial. Falta de contingente, viaturas, combustíveis têm sido as principais reclamações da sociedade, que se vê encurralada com o avanço da criminalidade.
Contingente - A reportagem ouviu o comandante em exercício da PM, coronel Lopes, que respondeu todas as denuncias apresentadas e confirmou que o contingente militar é reduzido para atender toda a população amapaense. Para corrigir essa fragilidade, nos finais de semana, o comando disponibiliza os alunos do curso de cabos e sargentos para fortalecer a segurança. “Estamos realizando o policiamento com o apoio desses alunos, é uma forma que encontramos para oferecer segurança nas áreas consideradas de risco pela PM. Somos cientes que o nosso efetivo é baixo, tem 150 soldados para entrar, mas até o momento não começou o curso, porque estamos esperando somente a autorização da SEAD, mesmo com esses 150, a PM ainda fica com quadro reduzido”, explica.
Para compor a fragilidade do seu efetivo, a PM precisaria dobrar seu contingente para operar com segurança em suas ações. O comando espera que sejam chamados 200 aprovados do último concurso para soldados, porém a decisão está a cargo do governador Pedro Paulo.
Para o coronel, a população cresce rapidamente, e as conseqüências, principalmente nas áreas sociais surgem com a mesma proporção. “O Estado tem um grande número de migrantes que chegam todos os dias, é o Estado que mais recebe pessoas de fora, com isso é difícil acompanhar esse crescimento se for relacionado a segurança”, destaca.
Combustível - Segundo informações dos próprios militares, as viaturas estão deixando de rodar devido a falta de combustíveis. O comandante em exercício confirmou o problema, revelando que a crise dos combustíveis atinge toda a segurança pública. Embora a crise prejudique os trabalhos ostensivos, o coronel Lopes assegura que as viaturas estão as ruas. “Estávamos colocando 30 litros para rodar 24 horas, mas devido a esses problemas reduzimos para 20 litros, mesmo assim, as viaturas estão nas ruas, esse trabalho não pode parar”, ressalta.
Nos bairros Açaí e Infraero II, a população sofre com a escassez de policiamento. Lopes revela que a situação é antiga, e aponta o péssimo estado das vias como obstáculos da falta de policiamento. Para oferecer segurança aos dois bairros, a PM disponibiliza apenas uma viatura. “A viatura não tem condições de trafegar pelas ruas dos bairros, é complicado a situação, mas estamos com a viatura por lá”, informa Lopez.
Por mês, a PM recebe em torno de R$ 170 mil. Para o comando, o valor é insuficiente para cobrir todas as despesas e planos do comando.
Novidades - Até o final do mês, a PM irá receber do Governo do Estado 40 motocicletas, 10 blaizers, quatro trailers papa policiamento rodoviário e quatro furgões para a execução de policiamento comunitário. “Contamos com esse tipo de investimentos, precisamos sim fortalecer o nosso contingente, sabemos das nossas fragilidades, mas os serviços estão sendo executados com todos esses problemas, porque o policiamento não pode parar”, concluiu. (Franck Figueira)

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